19/07/19

Romance ou Autoajuda? ''Uma Promessa para toda a Vida''







Oh Meu Deus! Eu nem tenho palavras para este livro. Nem sequer sei como fazer uma review deste livro, sem parecer daquelas fãs super obcecadas e estranhas, mas vou fazer todos os possíveis para que consiga afastar a minha veia de fascinada. Confesso, que me emprestaram 3 livros de Nicholas Sparks e, no início estava com receio de ler. Porque eu gosto de romance, mas não dos clássicos, ou seja, gosto de um fim onde não possa adivinhar qual é. Não gosto do habitual ''E viveram felizes para sempre'', gosto de histórias reais, com fins reais, algo que retrate a vida tal e qual como ela é, sem filtros! E aí está o meu problema... costumo não gostar dos livros deste género com bastante facilidade.
Mas Nicholas Sparks, conseguiu surpreender-me com este livro!

A primeira coisa que reparei, quando abri o livro, foi no  Prólogo. Onde diz que é uma história real sobre duas pessoas. Theresa Park e Jamie Raab. Logo descartei a hipótese do clássico e criei expectativas demasiado elevadas. Como já referi anteriormente nest post, eu apelo muito à leitura e ao fato de isto nos ajudar a sermos mais criativos e a fazermos a nossa própria história, principalmente se o livro for real e contribuir para vermos os nossos acontecimentos com outros olhos. E seria, completamente impossível, para mim, não falar deste livro depois de o ter lido e relido. Foi uma leitura que me fez olhar para a vida e para o amor, de modo diferente, fazendo com que o aprecie mais.
Mas será que estas expectativas foram correspondidas? Para descobrires tens de continuar a ler!

Alguns detalhes técnicos importantes:
Título Original: A Bend in the Road
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Editora Presença
Ano de Publicação: 2001
Total de Páginas: 326

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No filme, fazia gestos para que Miles pousasse a câmara e fosse brincar com eles, mas, segundo recordava, nessa manhã sentira-se mais interessado em ser um simples observador. Gostava de os ver juntos;  gostava da sensação de estar a ver, sabendo que Missy amava Jonah de uma maneira que ele nunca tinha experimentado. Os seus pais não lhe tinham proporcionado muito afeto. Não eram maus, mas não se sentiam à vontade para expressarem emoções, mesmo em relação ao filho. E, com a mãe morta e o pai sempre a viajar, sentia que nunca os tinha conhecido totalmente. Por vezes, punha-se a imaginar o que lhe poderia ter acontecido se Missy não tivesse entrado na sua vida.

Derrepente viu Miles, e viu os seus lábios a mexerem-se para dizerem as palavras: - Adoro-te, mamã.
- Também te adoro - respondeu ela. - Sabendo que Jonah iria ficar sossegado durante uns minutos, Missy voltou a atenção para Miles.
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Nunca poderia esperar deste livro, tanta ação, tanto enredo, tanto detalhe e tanta admiração.
Foi um livro que me prendeu desde a primeira à última página, deixando-me estupefacta com cada ação. Sabes quando dás por ti a dizer: ''Oh Meu Deus, não acredito que isto aconteceu!!!' Bem... isto era eu, quando lia coisas que não estava nada nada à espera!
Confesso, ainda, que desde pequena e com os meus anos de leitura, era raro encontrar um escritor/a capaz de me fazer sentir como se realmente eu estivesse a viver a história e não apenas a lê-la. Porque conseguiam dar descrições tão lindas e tão detalhadas que me faziam desligar, completamente, do mundo real e, neste caso, trasportar-me para Baltimore em 1991.
A complexidade das personagens também me surpreendeu bastante. Pela perspetiva de Miles, conseguimos entender o que realmente sentimos com a perda de um familiar e um amor da nossa vida, como também conseguimos entender as diversas fases por que passamos até encontrarmos ''paz' nesses acontecimentos, ou o quanto ele não se queria apaixonar por Sarah, como também ultrapassar o facto de ter descoberto quem lhe matou a mulher.
Mas agora, gostaria de fazer uma breve sinopse, resumindo toda a história, da minha perspetiva e, avisar que talvez haja spoilers!






Este livro conta-nos o terrível e trágico acidente de Missy, mulher de Miles(que é ajudante do xerife) e mãe de Jonah. À medida que o enredo ia sendo narrado pela dor e perda sentida por Miles, este conta-nos, ainda, que fez uma investigação à parte do acidente, mesmo tendo sido afastado do caso. Cria assim, um dossier com todos os detalhes, imagens e todos os depoimentos recolhidos por ele.O mais impressionante é nos detalhes que descreve sobre o dia do acidente, desde à discussão que teve com Missy até ao encontro do corpo e da maneira como este se encontrava (tinha uma manta sobre o corpo, como quem estava a pedir desculpa pelo atropelamento e fuga). Entretanto, passado 2 anos e sem nenhuma descoberta, o caso é arquivado e uma nova professora aparece para dar aulas em Baltimore, Sarah de 26 anos. Há medida que esta ajuda seu filho, ambos se aproximam e conheçam a gostar verdadeiramente um do outro. Mas há um problema...
Mais tarde, Sarah, fica a saber que quem matou a Missy, mulher de Miles e com quem saia, tinha sido o seu irmão Brian Andrewns.



Quanto a todo o livro, fiquei estupefacta, com quem afinal tinha morto Missy.
 Nunca pensei que apesar de ser uma história real, pudesse mesmo acontecer. É daqueles acasos, que a vida nos prega e, que ficamos sem saber explicar como tudo acontece. Uma coisa é certa, eu fiz mesmo um resumo bem resumido, porque a história tem muitos detalhes e, achei que se contasse tudo perderia a graça para quem posteriormente quisesse ler. Aconselho vivamente a lerem, não só por tudo o que escrevi anteriormente, como também para poderem ler detalhes sobre cheiros, paisagens, tecidos e entre outros, que o autor dá e, que normalmente não conseguimos explicar o que estamos a ver e ou a sentir.
Falando da avaliação do livro e sendo o mais sincera possível, de 0-10, dou um 9, porque foi uma história surpreendente, capaz de captar a atenção de quem quer que esteja a ler e, com bastantes momentos de tensão.

Espero que tenham gostado deste review, como quanto eu gostei de ler este livro.
Estou sempre aberta a recomendações de livros para uma boa leitura e conhecimento de novos autores.
Viva à imaginação e à leitura.
Beijinhos meus anjos!










15/07/19

WC Feminino: Assédio não é Elogio!



Para quem é novo no blog, ou não me conhece, quero-me apresentar!
Sou a Nádia Matos, de 20 anos, criadora de conteúdo criativo e acima de tudo Feminista! E porquê? Porque EU, e todas as MULHERES temos direito de lutar pela igualdade de géneros. E esqueçam os mimimis que comigo não funciona. Acho que cada pessoa tem um pensamento, em relação, a toda uma sociedade, mas  por vezes e por preguiça, tem medo de remar contra a maré e de mostrar o que realmente pensa. Comigo não é assim! Eu penso, eu reflito e no fim, acabo por falar.
E todos devíamos ser assim. Olhar não só para os nossos interesses, como também para os interesses das pessoas que nos rodeiam, ou simplesmente, pensar na existência delas.

Hoje lanço uma nova Rubrica no Blog, WC Feminino!
Uma mistura de conversas, entre várias mulheres, com as suas visões e perspetivas diferentes, mas no fundo similares.
Uma conversa fluída e descontraída, pelos direitos de todos e, com o objetivo de mostrar que se o Homem pode a Mulher, ainda mais! Afinal, a casa de banho, sempre foi o conforto para o grande encontro de Mulheres. Principal prioridade: por a conversa em dia, enquanto se vêm ao espelho.
Para grande abertura desta Rubrica, que estará bastante presente, falaremos sobre o Assédio NÃO ser Elogio.
Hoje, faremos as mesmas 4 perguntas para todas as Mulheres e comparamos as respostas finais.
No final teremos sempre a opinião ANÓNIMA de um Homem.
Será que elas pensam todas iguais?

Vamos conhecer, um pouco, sobre as grandes quatro Mulheres, escolhidas, para este início.




Olá, sou a Andreia e tenho 20 anos. Estudei Design de Moda, mas neste momento estou a trabalhar noutra área. Sou criadora de conteúdos, sendo escritora e fundadora do Blog Throwalense. Sou Feminista e defensora dos Direitos Humanos. Adoro ler, ver séries e filmes. Recentemente, descobri um amor enorme por viajar e pretendo fazer mais viagens por Portugal e pelo Mundo. Adoro descobrir novas culturas e novas maneiras como as pessoas vivem.

O meu nome é Beatriz, mas os mais próximos tratam-me por Bea ou Bicas. Tenho 19 anos e sou nascida e criada perto das águas frias do Norte. Os meus gostos pessoais divergem ao longo da minha existência. Estou a explorar o curso de Psicologia, o que me ajuda a questionar tudo. Sou feminista e quero ajudar a romper as barreiras que possam existir sobre a repressão dos géneros.

Olá, sou a Gabriela, tenho 16 anos, mas considero-me uma mulher com bastante maturidade. A minha maior paixão é dançar e sou do Sporting. As minhas cores favoritas são preto e branco, verde e amarelo. Sou muito sincera,genuína e leal. Estou no 12º ano, nunca reprovei e confesso que tenho medo de Palhaços e do escuro eheheh.

Sou a Ricarda, tenho 21 nos. Sou licenciada em Comunicação e Media. Neste momento estou a tirar uma formação noutra área. Nos meus tempos livres, sou BookTuber, amante de fotografia e devoradora de séries. Tenho, também, um amor incondicional por animais, maioritariamente gatos. Adoro viajar. Recentemente, descobri viajar é uma das coisas que eu mais quero fazer na vida. Espero um dia, poder dar a volta ao Mundo Inteiro, ou pelo menos parte dele.



1. Já tiveste algum momento ou situação, onde um Homem te ''elogiou'' e era um elogio porco? Se não, o que se deve fazer para evitar que isso aconteça? Ou é sorte?


ANDREIA:
Já, demasiadas vezes, e nem devia acontecer. Penso que não haja sorte ou maneira de evitá-lo, durante muito tempo senti-me insegura de usar certos decotes ou peças de roupa. Tudo para não receber elogios ''porcos'', com o tempo apercebi-me que não interessa o que visto, os comentários aparecem na mesma.





BEATRIZ:
Infelizmente, já passei por situações que me deixaram super desconfortável, isto derivado aos ''supostos'' elogios, sendo que todos foram de cariz sexual. Elogios esses que não foram pedidos e ficava muito bem sem os ter recebido. São acontecimentos, que por muita pena, não se consegue evitar.







GABRIELA:
Sim, já tive. Infelizmente, foram acontecimentos bastante maus e que me marcaram, por isso, desculpem-me, mas prefiro nem sequer tocar no assunto.
Homens, cresçam!






RICARDA:

Penso que sim, aliás não diria ''porco'', mas já me ''elogiaram'' de uma forma que não gostei. Abordaram-me enquanto estava a andar a pé e assobiaram, entre outras coisas, que nem se deve comentar. 






2. Define o que é para ti um Elogio e Assédio.


ANDREIA:
Existe uma linha entre o assédio e o elogio, e bastante grande. Elogio é quando elogiamos alguém de forma respeitosa, como por exemplo:''Ficas mesmo bem com essa roupa, complementa-te perfeitamente'', ou até ''Estás muito bonita hoje'', ''Fizeste algo ao cabelo?''. Quando passamos essa linha, para assédio é quando usamos um suposto elogio de maneira rude e nojenta, como ''Uau, grandes mamas'', ou quando alguém está a usar um decote ''Uau miúda, dava uma voltinha contigo''.



BEATRIZ:
Na minha opinião, um elogio, é um comentário ou uma observação favorável sobre determinada coisa, normalmente usado para evidenciar os aspetos positivos de alguém. Porém, ao contrário de um elogio, temos o assédio. Que é um comentário indesejado que só tem como objetivo incomodar.




GABRIELA:
Para mim, um elogio é quando alguém faz um comentário favorável a evidenciar algo, características ou atitudes. Assédio é quando há uma ''perseguição'' ou insistência com alguém, em relação, a algo que o ''alvo'' não quer fazer. Quando se quer forçar alguém a fazer algo que não queira. Utilizar argumentos/elogios ''porcos'', servem para deixar uma pessoa envergonhada e invadir a sua privacidade.



RICARDA:

Para mim elogio é quando alguém que nós conhecemos ou com quem lidamos, chega ao pé de nós e diz algo bom, algo que tenham reparado em nós e gostado, algo sobre a nossa personalidade. Assédio é completamente o oposto! É quando alguém te aborda de maneira ''grossa''. Chamarem-te jeitosa assim do nada ou a assobiarem. Alguém que não confies a tentar engatar-te, alguém que te chame nomes e que tu não gostes. Alguém que goste da maneira como estás vestida e só repare nisso.






3. Achas que é essencial reeducar a Sociedade, para que as Mulheres possam andar como querem na rua e sem medo? Que ações achas que seriam importantes por em prática para isto acontecer?

ANDREIA:
Penso que seja igual para qualquer mulher, mas seja qual roupa estivermos a usar, durante a noite ou durante o dia, mas em sítios mais escondidos o medo é horrível. Como tal, penso que deveríamos começar a educar as crianças e os adolescentes. Começar a educar os pensamentos deles, que ainda estão em crescimento, sobre a forma de tratar uma Mulher  de maneira a que não sintam medo de andar na rua ou, que tipos de comportamentos a ter quando vêm uma Mulher sozinha na rua. Por fim, ensinar as mulheres a não terem medo e a saberem defender-se.




BEATRIZ:

Sim! É essencial reeducar a sociedade, já chega de ter medo de andar sempre com receio que o pior possa acontecer. Acho que para esta reeducação acontecer deveríamos começar pelas escolas, com palestras e aulas educativas sobre a igualdade de género, feminismo, orientação sexual, e por aí fora.





GABRIELA:
Acho que não há nada que a sociedade possa fazer, na minha opinião ensina ninguém a assediar uma pessoa, tal como ninguém irá impedir ninguém de tal. Geralmente, parte da pessoa, do seu interior e da sua cabeça. Por mais que tentemos incutir algo, a pessoa pode escolher se quer aprender ou não.




RICARDA:

Penso que sempre vai existir alguém que te assedie na rua, que te julgue pela forma como ages e vestes-te, etc. Reeducar a sociedade ao implementar mais esses conceitos na escola, talvez seja uma forma de ajudar a que isto não aconteça com tanta frequência. Haver mais discursos, temas e debates, onde se possa discutir em escolas e faculdades.
Mas é algo que irá sempre acabar por acontecer, infelizmente.








4. O que fazer, caso, alguma Mulher anda na rua e um Homem passe por ela e diga: ''És um avião, punha a minha élice a funcionar contigo.'' É culpa dela e da maneira como se veste ou do Homem e das suas hormonas?

ANDREIA:
Acho que comentários como esses ''porcos'' nunca é culpa da Mulher. Ninguém pede por eles, mesmo se tiver nua. Temos de começar a aprender, que certas atitudes magoam alguém e que têm impacto e, que a nossa liberdade acaba por ser afetada. Se tu usas essa liberdade para fazer esse tipo de comentários vais contribuir para algo? Se não, não o faças! Ouvimos mais esse tipo de comentários virem de Homens, por os seus hábitos são mais rudes e a culpa nunca é da ''vítima''.



BEATRIZ:

Acho que se ouvisse tal comentário obsceno não iria reagir da melhor maneira, sendo que sou muito tempestiva e não admito qualquer tipo de assédio. A culpa é sempre do causador do desconforto do outro. Neste caso, do Homem, que decidiu comentar algo desnecessário. Sou da opinião que a culpa é sempre e somente do abusador e da sua mente controversa.




GABRIELA:

A Mulher deve ignorar, por mais difícil que seja. Caso seja perseguida e a tentem obrigar a fazer algo que ela não quer, deve sempre pedir ajuda!
A culpa não é da Mulher pois somos livres de usar e vestir o que bem queremos. Sentirmo-nos bem connosco próprias é o que interessa. A culpa é desses tarados que não respeitam uma única Mulher.






RICARDA:

Nuca é culpa dela! Ninguém pode ser julgado pela sua aparência ou qualquer coisa. A culpa aqui, parte por vezes, da forma como a pessoa que está a julgar foi educada. A má educação e o não acompanhamento dessas pessoas, ou até situações de má influência, acabam por fazer com que o Homem seja assim para a Mulher.





5. Deixa aqui o teu Recado.



ANDREIA:
O que digo sempre é que devemos, todos os dias, avaliar as nossas ações. Ter uma ação de assédio e magoar ou pôr outra pessoa numa situação destas, de desconforto, mesmo que nós não queiras estar numa parecida, então não devemos fazer isso se não gostamos que nos façam a nós. Quando fores a fazer ou a dizer algo  pensa assim: ''Eu gostava que me fizessem isto?'' ou ''Estarei a ser melhor pessoas?''.





BEATRIZ:
O assédio não pode ser algo normal do quotidiano de qualquer ser humano. Este tipo de situações são recorrentes, mas não lhe dão o devido valor e, deixa marcas numa pessoa. Chega de se ter um mudo surreal, chega de se ter preocupações no que se vestir para não ser comentada, chega de se ter momentos constrangedores! Eu digo basta ao assédio! Sou uma Mulher que nasceu numa sociedade Machista e Repressora, porém nasci com uma voz e um sentimento de revolução. E o melhor disto tudo é que sei que não sou a única e não estou sozinha!



GABRIELA:
Mulheres não se calem por medo, façam frente e tentem sempre dar a volta por cima, que sei bem que nem sempre é fácil. Mas não podemos dar-nos por vencidas, porque juntas somos mais fortes...
Agora um recado para os Homens... cresçam e reflitam nas vossas atitudes.







RICARDA:

Todos somos diferentes. Ninguém tem de gostar de tudo e nem julgar o outro com base no que vê.
O assédio é algo muito feio, tanto seja para Homem como para Mulher, não o devemos praticar, nem com quem conhecemos nem com quem desconhecemos.








Como a Nádia, vos referiu anteriormente, haverá sempre um Homem que fará o seu comentário anónimo, dando a sua opinião, sobre o assunto abordado. Hoje foi o assédio... Antes demais, quero pedir a todas as Mulheres, para não generalizarem tanto e dizerem que somos todos iguais, não é verdade!!!
Cada um tem os seus princípios e a sua maneira de pensar e, é óbvio que tudo isso acontece, quando nos dão educação em pequenitos. Concordo que a sociedade deva fazer algo para controlar um pouco isto, e que desde pequenos devemos ser ensinados a saber como tratarmos alguém, independentemente do nosso género, mas vou-vos ser muito sincero quanto a isso. Uma das coisas que mais aprendi, foi que podes dar uma ótima educação aos teus filhos e educa-lo com os melhores valores, mas no fim, depende da pessoa se quer aprender e adquirir todo esse ensinamento. Logo, tudo é circunstancial e um pouco aleatório, pois tudo depende da pessoa em questão. Contudo, não é desculpa para acontecer certas coisas, como vemos nos jornais ou de casos de pessoas conhecidas nossas. Felizmente, hoje o assédio é considerado crime e punível por lei, dando 6 meses a 1 ano de cadeia. Por isso está na hora, de certos Homens crescerem e perceberem que as Mulheres não são um objeto sexual, para satisfazer quando quiserem e precisarem.



Por fim, no meu instagram, fiz uma sondagem, incluindo Homens e Mulheres, entre os 17 a 26 anos, sobre vários aspetos a se considerar neste assunto. No total, foram 8 perguntas, a serem levadas a refletir sobre todo o tipo de ações e possíveis consequências entre dois indivíduos, neste caso, o abusador e a vítima.
Vamos, então, analisar os gráficos com muita atenção.


Tirem as vossas próprias conclusões e reflitam no que a Mulher passa no seu dia a dia, que já considera normal e parte da rotina.
Beijinhos




10/07/19

Marta Arsénio, no seu íntimo





Tento sempre trazer conteúdo exclusivo e único para o blog. Sejam temas de feminismo, meio ambiente, receitas ou até mesmo rubricas novas, o meu lema é ser sempre algo diferente e que destaque o meu ponto de vista.
Hoje, tento entrar um pouco no mundo da autora do blog MindFeed, e saber o que a leva a motivar-se neste mundo, cheio de concorrência, afinal quem corre por gosto não cansa!
Marta Arsénio, nascida em 2000 em Lisboa tem gosto e paixão pelo mundo da beleza e moda e, tem o seu cantinho onde partilha um pouco do seu mundo e das suas experiências, nos seus dois ramos favoritos. Com ela, aprendemos a valorizar as pequenas coisas da vida e a cuidar-mos, seja nos mais simples detalhes.
Vamos conhece-la um pouco mais?






Fala-nos um pouco sobre ti.
Eu sou uma pessoa bastante extrovertida, adoro passear e falar e rir com as pessoas ao meu redor. Tenho 18 anos, faço 19 daqui a um mês (no dia 5 de Agosto) e desde sempre que tive um sonho de ter um blog. Quando era mais nova, lá para os meus 11/12 anos pensei em criar um para falar sobre a vida, porque eu adorava escrever sobre a minha vida, os meus desgostos amorosos e chatices com os meus amigos ou familiares. Escrevia para libertar o que sentia no momento basicamente. Contudo, acabei por não criar o blog porque sabia que se alguém fosse ler aquilo ia-me achar ridícula e, além do mais, sempre fui muito aquela pessoa que defendia que ''se o problema é meu, tu não o consegues sentir nem compreender, por isso nunca vais ter uma opinião bem formada para me dares'' e, se criasse um blog ia gerar conflitos de mim para mim e, não queria isso.
Hoje em dia, penso, ainda bem que não o criei ahahah.


Se pudesses descrever, em duas frases a tua personalidades, o que dirias?
Tenho uma personalidade muito forte e vincada, quando ponho uma coisa na cabeça, planeio tudo muito ao pormenor e faço mesmo por atingir. Além disso, gosto que as coisas sejam muito à minha maneira. A minha família e o meu namorado que o digam.


Quais são os teus escritores favoritos?
Olha, sinceramente não tenho assim nenhum estipulado na minha cabeça como favorito, mas adoro a escrita de José Saramago. Já li livros dele e adorei, principalmente o ''Ensaio sobre a cegueira''. Recomendo muito!


Se pudesses recomendar, três livros, para as pessoas os lerem, quais seriam e porquê?
Primeiro, o Ensaio sobre a Cegueira, por te transmitir quase a sentires a história como se fosses tu que tivesses lá, foi dos melhores que li.
Segundo, A Arte Subtil de saber dizer que se F*da, por ser um livro que diz tudo aquilo que toda a gente pensa e ninguém diz. Sinto que todos o deveriam ler.
Terceiro, Os 7 hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Ando a lê-lo ainda, estou quase a acabar mas a adorar. O livro dá-te dicas, fala-te mesmo de 7 hábitos que tens de começar a implementar para notares diferenças na tua vida, e acho que é importante para todos nós porque se todos fizéssemos o que o livro diz para fazermos, esta sociedade estava muito melhor.


Denominas-te como Digital Influencer?
Não, de todo, apesar de já ter sentido que influenciei pessoas principalmente a comprar um determinado livro. Não me denomino de digital influencer, até porque entrei neste mundo à pouco tempo e o meu foco é a criação de conteúdo e dar ao meu público o que eles querem ver e saber.


Achas que este tipo de designações, como Digital Influencer, Influencer, entre outros, são importantes ou é algo que se criou para enaltecer  os criadores de conteúdo da nossa geração?
Esta é daquelas perguntas que dá pano para mangas, como eu costumo dizer. A meu ver, há pessoas que podem e devem ser consideradas Digital Influencers, uma vez que, com a produção de conteúdo que fazem, influenciam uma imensidão de pessoas e, isto através de um vídeo, um post no blog ou até através de uma fotografia numa rede social.
Contudo, não considero todas as criadoras de conteúdo digital influencers porque, efetivamente, nem todas conseguem influenciar pessoas. Porque, na verdade, não é nada fácil e, hoje em dia, há muitas criadoras que se baseiam em dinheiro para darem uma opinião e, para mim isso é óbvio que tem bastante impacto na influência que vai ter nas vendas desse mesmo produto.


No teu blog, costumas muito referir o Amor Próprio e a sua importância para cada um de nós. Como foi a construção do teu? É um processo fácil?
Essa é uma ótima pergunta! A resposta é não! Ainda hoje tento ser a melhor versão de mim mesmo, todos os dias, mas é um processo. Há dias bons, há dias maus e muito do que escrevo no meu blog é literalmente o que eu faço para conseguir resultados em mim.






Como te vês daqui a 10 anos?
Olha, sinceramente, sou aquele tipo de pessoa que tenta mesmo não pensar no futuro e viver ao máximo o presente, mas, espero estar muito feliz, muito realizada e completa, principalmente a nível profissional, porque a nível pessoal já sou.


Qual a pior e a melhor parte de partilhares o teu pensamento e personalidade com outras pessoas?
O pior é óbvio. Nem todos somos iguais e não posso agradar a toda a gente. O que sou na vida real, sou atrás de um computador ou atrás de um instastorie e, nem toda a gente se identifica connosco e, por vezes lidar com essas pessoas não é fácil.
O melhor é sentir o carinho das pessoas, quando me enviam mensagens para o instagram, por exemplo, a dizer que se identificam comigo ou com o meu conteúdo. Isso enche-me o coração e deixa-me completa e realizada.


No início tinhas receio do feedback e de te denominares como blogger?
Sim, por acaso tinha muito e hoje em dia sinto que também o tenho, pelo facto de muita gente achar que isto não é trabalho nenhum. Quando me perguntam ''Então o que é que fazes durante a semana?'' eu respondo ''Sou blogger, crio conteúdo, planei-o, tiro fotografias e, estudo muito sobre este mundo.'', as pessoas ficam com uma cara de parva ou dizem-me mesmo coisas que não têm noção.
Costumo dizer, que só quem está neste mundo é que sabe o trabalho que isto dá.


Se pudesses mandar um recado à Marta Arsénio, de à 5 anos atrás, o que dizias?
Para não ser tão exigente com ela própria e levar a vida com muito mais tranquilidade.


Quais são os blogs/youtubers, de moda, que mais te inspiram para criares o teu próprio conteúdo?
A Letícia Fernandes e a Maria Madalena Mateus, são das pessoas que mais me inspiram precisamente pela mensagem que transmitem, cada uma à sua maneira.


Como surgiu o MindFeed?
O Mindfeed surgiu de uma depressão minha, que nunca referi em nenhuma publicação, por ainda não estar curada a 100%. Comecei a ver que tudo o que eu estava a sentir naquele momento não era o certo e que a única pessoa que podia fazer algo por mim, era eu. Entretanto comecei a pensar na quantidade de pessoas que podiam sentir o mesmo que eu e no quanto eu gostava de as ajudar e de as conhecer, no fundo. Criei o blog e, além de falar da parte da beleza, que acho fundamental no nosso bem estar, tento fazer publicações que me ajudem, tanto a mim como a outras pessoas.


O teu blog antes de ser conhecido por MindFeed, tinha outro nome?
Não! Sempre teve este nome.






Como surgiu a ideia do podcast?
A ideia do podcast surgiu um pouco da minha vontade de me expandir e da minha vergonha de iniciar logo pelo youtube ahahah. Não queria só escrever, porque há temas em que eu sinto que ao se ouvir a voz e as palavras a serem ditas, literalmente, têm outro impacto.


Há projetos para o futuro que nos possas revelar?
Não, de momento não! Queria muito iniciar-me no youtube também e não ficar apenas pelos posts no blog e pelos podcasts, mas tenho vergonha. Parece que já algo que me prende e tanto pode sair um vídeo amanhã ou daqui a um mês ou dois. Não gosto de pensar nisso. Quando tiver de ser será, mas gostava que fosse para breve, confesso ahahah




Antes de dar por terminado este post, gostaria de fazer uma breve análise, se não se importarem ahahah.
Bem... por onde começar?
Desde o início, quando apresentei a possível proposta de entrevista à Marta, ela foi super atenciosa e querida, modéstia à parte. Perguntou-me, até e várias vezes, se eu não me estava a enganar, penso que ela se esquece um pouco do talento que têm. Quando ela me falou um pouco mais sobre si e como todo o mundo dela se criou, para além de ficar orgulhosa, também me identifiquei com a história dela! Pois sou apologista, que devemos apoiar todo o tipo de talento português, porque se não formos nós ''de dentro'', os ''de fora'' nunca vão dar grande valor a um país tão pequeno, que por vezes tem mais qualidade, em muitas vertentes artísticas e criativas, do que os grandes países de criação de entretenimento. Mas... é só a minha opinião.

Queria, também, dar umas pequenas palavras, só para a Marta.
Rapariga, cria logo o canal de Youtube, que estou ansiosa para ver o que irás por por lá, a sério!
Tens um conteúdo excelente e 100% teu. Confia em ti e obrigada por inspirares pessoas, principalmente eu! Nunca desistas dos teus sonhos e objetivos , que terás sempre o meu apoio.

Agora, para vocês, meu caro público...
Queria só avisar, que quando chegarmos aos 200 seguidores, aqui no blog, haverá um GIVEAWEY especial, com livros de autores portugueses! Por isso, vamos apoiar o que é nacional e ajudar o blog a atingir uma meta diferente. Conto convosco!
Beijinhos!













08/07/19

Visibilidade na escolha do Amor!






Em pleno século XXI a forma de ver um amor, ainda se torna muito mal encarado e quase como se fosse um problema de nascença, fazendo que quem tenha outras escolhas tenha uma doença mental! Mas será isso tudo necessário? Não somos todos iguais, apenas com escolhas diferentes? Isso não é bom?
Desde muito cedo, na escola e em casa, somos ''ensinados'' que o verdadeiro amor, é quando gostamos de alguém do sexo oposto e que algo que seja diferente disto é errado ou pecado. Que se escolheres mal acabarás frustrada e sem rumo, mas aí pergunto-me... No amor há certo e errado ou apenas duas pessoas que se amam? Já é complicado gostar de uma pessoa, na adolescência ou noutra fase qualquer da vida, quanto mais se essa pessoa for ''diferente'' do que foi imposto pela sociedade de ser ''normal''.
Deparo-me a pensar, se realmente as pessoas sabem o que é amar, e se aqueles rótulos que põem de: ''é bicha'', ''é panela para todos'' ou até mesmo ''violava-te só para te manter direito'' fazem sentido. É que, na maior parte das vezes, é usado de modo a magoar os sentimentos de uma pessoa, em vão. Sei, até de casos, na qual a pessoa em questão foi insultada, só porque disse que não queria nada com quem lhes abordava, e isto não é normal! É alarmante, preocupante até.
Em conversa, com o meu círculo de amigos, este assunto veio à baila... Sim, porque muitos temas que abordo no blog, são ideias que vêm de conversas ou de algo que leio. Nessas conversas, chegamos a acordo que é preciso reeducar a sociedade, no geral, começando talvez por um dicionário novo, trazendo conceitos diferente.







Os conceitos, que mais acho pertinente todos nós sabermos, sem dúvida, são os termos que usamos para designar cada gosto. Nada, como aprender que nichos existem e qual a diferença entre eles.
Comecemos, pelo mais conhecido e pelo qual sempre nos ensinaram que era o correto:

Uma pessoa Heterossexual - é uma pessoa que sente atração pelo sexo oposto ao seu. Ou seja, um homem que goste de uma mulher ou vice-versa.
Uma pessoa Homossexual - é uma pessoa que sente atração pelo mesmo sexo que ela. Ou seja, uma mulher que goste de mulheres ou um homem que goste de homens.
Uma pessoa Hermafrodita - é aquela pessoa que possui dois órgãos genitais, tanto masculino como feminino, podendo ser identificável logo à nascença.
Uma pessoa Assexuada - é aquela pessoa que não sente atração física ou sexual, seja de maneira parcial ou condicionada, por outro ser humano.
Uma pessoa Transgénero - é aquela pessoa que têm uma identidade de género diferente do sexo atribuído à sua concepção. Ou seja, uma mulher que se identifique mais com o sexo masculino, ou vice-versa.
Uma pessoa Pansexual - é aquela pessoa, que não olha para o género para saber amar alguém. Prefere ligar à pessoa que está à sua frente e saber que lhe faz bem, do que ter em conta se é um homem, uma mulher, um transgénero, entre outros. Simplesmente quer ser feliz, e é neste grupo que me insiro.


No que mais me deparo quando falo com pessoas que andam em desacordo com estas designações, ou porque não concordam ou porque são simplesmente contra, é que a maior partes das pessoas não gosta porque não sabe o que significa e o quão importante é para uma pessoa se designar como tal! Então hoje, abro-vos um pouco a porta sobre o meu mundo e, relato como foi a minha descoberta.

Tudo começou quando eu entrei para a Soares dos Reis, no 10º. Conheci uma rapariga, na qual gostei muito. Era uma situação muito estranha, confesso! Nunca me tinha visto naquela posição. Gostava de estar e falar com ela, falávamos e riamos de tudo sem medos e rodeios. Até que os sentimentos começaram a crescer. Não me via como lésbica e, muito menos como bissexual. Neguei o quanto pude que aquela situação estava mesmo a acontecer, não queria acreditar. Depois de ter passado para a fase de aceitação, comecei a pesquisar sobre mais informações e a falar com amigos que se tinham declarado gay's. Vi que toda a fase do armário fora essencial para me descobrir e, até hoje agradeço por tudo que passei. Não foi fácil contar aos meus pais sobre os meus gostos e por aquilo que passava e, confesso que até hoje eles não percebem bem o que é ser pansexual, mas foi uma luta, SÓ MINHA, que valeu bem a pena. Aprendi a amar todos, pela pessoa que são e não pelo género que representam.


Resumindo e concluindo. Se até eu tive coragem de passar por todo este processo, descobrir quem é a verdadeira Nádia e com orgulho, falar com os meus pais, então cada um de nós também pode.
Não se privem de fazer ou dizer algo, só porque aos olhos da sociedade não será aceite ou porque têm os vossos medos e fantasmas. Aliás, é errado como o ser humano se priva de fazer algo só porque irá ficar mal. Conheço muitas pessoas que deixaram o momento fluir e foi assim que se encontraram, quem sabe se contigo não será o mesmo?
Já agora quero dizer e chamar a atenção, que esta publicação não é de todo, um incentivo para saíres a correr loucamente de casa e beijar todas as bocas que te aparecem à frente! Simplesmente, é uma abertura para novas mentalidades e referir, senão mesmo frisar bem que teres os teus gostos e seres tu não é doença nenhuma!!!

Precisamos, de mais pessoas, de todas as idades, com mentes mais abertas para receber a modernização e acompanhar os tempos atuais. Chega de esconderes quem és e o que és!
Sem informação, as pessoas estranham algo novo, mas pensem. Todos estes gostos sempre existiram, só que eram sempre guardados e mantidos em segredo, por causa do tempo em que vivam. Antigamente estas escolhas eram levadas a mal e, em certos sítios as pessoas eram apedrejadas. Por isso agradece por alguém ter lutado pelo livre arbítrio e pelo poder de escolha!

A tua escolha, faz de ti a grande pessoa que és, pensa nisso!





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